Com o choque de oferta devido a pandemia e a guerra da Ucrânia, a inflação está afligindo os mercados no mundo inteiro. O frequente aumento do valor dos produtos tem deixado os consumidores e governantes das maiores economias do mundo em estado de alerta. Nos Estados Unidos o FED após um longo período de negação, em que falava que a inflação era transitória, mudou o discurso, e consequentemente vem aumentando gradualmente a taxa de juros americana, saindo de 0,25% em janeiro de 2022 para a faixa atual entre 1,5% a 1,75%. Somente em junho a taxa foi elevada em 0,75%, a maior elevação de uma só vez desde 1994. Tudo isso para tentar conter a inflação americana, que está em 9,81% nos últimos 12 meses, a maior desde 1982.
No Brasil o Banco Central vem aumentando a taxa de juros já a algum tempo para tentar conter a inflação doméstica. Saindo de uma meta Selic de 4,25% em jul/2021 para os atuais 13,25%. E uma inflação de 8,99% em jul/2021 para 11,89% em jun/2022.
Na zona do Euro não está diferente, a inflação anual do reino unido atingiu 9,4% em junho, a taxa mais alta dos últimos 40 anos.
Com o aumento dos juros pelos bancos centrais para tentar conter essa alta de preços, a tendência é que haja uma fuga de capital da renda variável em direção a renda fixa devido as taxas mais atraentes. Dada essa conjuntura macroeconômica, os mercados vem sofrendo bastante globalmente com o S&P perdendo 21,08% no primeiro semestre, o pior desde 1970. A bolsa brasileira recuou 5,24%.
Na minha visão uma boa oportunidade de compra, pois os fundamentos e os balanços das companhias continuam sólidos, com destaque para empresas do setor financeiro e commodities.
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